quinta-feira, janeiro 13, 2011

Reflexões 2011:1

Redes Sociais

Faço coro com meu antigo mestre Arisio Rabin que divulgou na rede social FaceBook a opinião de Roberto Lanari (Tixo) sobre redes sociais:

Apesar de suas gentis instâncias para que eu dê as caras no facebook pra trocar uma idéia, como se diz aqui em Xerém, eu resisto. Concordo absolutamente com o Bernes-Lee, o cara que começou essa história toda, que o Kurt Vonnegut gozou no seu Cat's Cradle, dizendo – Nice, nice, very nice/So many different people/In the same device. Mas então, o Tim Bernes-Lee, inventor da www e diretor do consórcio que tenta botar ordem nessa zorra, não acha a menor graça em facebooks, itunes e que tais, iniciativas que formam quistos de informação e de controle na web, que ele pariu com a idéia de que fosse uma vasta rede igualitária, onde tudo pudesse ser linkável, todos tendo acesso a tudo. Então tô com ele e não abro, tô fora, apesar da boa companhia de gente como você e o Rodolfo Capeto, que eu poderia ter por lá.

A discussão é antiga. A WWW tem como uma das suas origens ou antecessores o projeto Xanadu, que é considerado como o "projeto colaborativo mais longo da história".

Por um lado a internet é endeusada como se fosse o eldorado da comunicação, por outro pode ser vista como algo que desvia ou separa as pessoas de seu objetivo que é viver de modo mais humano. Nem tanto ao céu nem tanto ao mar, acho que a web, como qualquer coisa, pode ser usada para o bem como para o mal. O uso (apropriação) que se faz dela determina a intenção do utilizador, não o caráter da mídia.

Já existem iniciativas para que o conteúdo da web seja considerado válido (desde o ISSN para sites como o BOCC, como inicativas não oficiais como IBSN).

Enfim, achei o pensamento digno de nota.
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Lendo a matéria sobre o Wikileaks me deparei com um velho problema: se você clicou neste link percebeu que ele não está mais disponível: notícias online são tão descartáveis quanto guardanapo de papel.  Na mídia impressa virou moda publicar uma matéria e acrescentar ao final "continua em nosso site na internet". Você acessa e descobre que é conteúdo para assinantes, ou que o conteúdo só está disponível até a publicação da nova edição do jornal/revista. Gostaria de poder guardar facilmente notícias online que me interessam até para poder compartilhar ou me referir a elas no futuro.

Outra coisa que me ocoreu é o fato das perseguições político-financeiras. O "dono" do wikileaks ou é um cara com tempo livre e sem grandes preocupações para ganhar a vida, ou é um sujeito que descobriu um nicho de mercado na área de notícias. Pode ser ainda uma pessoa preocupada com o direito de informação, já que a mídia é movida a interesses financeiros que em boa parte das vezes contrariam os interesses do cidadão comum.
Tenho um parente que é "vítima" do setor financeiro, como o dono do Wikileaks: cobrado indevidamente do banco onde possui conta, foi a luta para ser ressarcido do prejuízo (sequer pediu indenização pelos danos decorrente do dinheiro que lhe foi tirado) e agora é alvo de telefonemas e ações que visam lhe tirar o sono e sossego; como seus dados pessoais constam no processo que moveu contra o banco, este contrata ou cancela serviços em seu nome, recebe trotes que visam criar problemas em família, etc.

Deveria haver um seriço de proteção às instituições financeiras assim como há para testemunhas criminais.

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Uma vez fui levar um computador para consertar e me cobraram pelo orçamento, mesmo não fazendo o conserto. Penso que se o orçamento fosse aprovado e um sinal dado, o cliente deveria receber um relatório por escrito descrevendo o problema encontrado (sabendo do problema o cliente pode ser malandro ao ponto de perdir o orçamento e fazer o serviço com outro profissional). Se o orçamento não fosse aprovado, o cliente não pagaria pelo orçamento, mas não seria informado do problema.

Cobrar pelo orçamento sempre achei uma coisa antipática,enfim. Ou se cobra um valor simbólico pelo orçamento ou se dá uma contrapartida para que esse orçamento valha a pena ser feito ali e não em outro lugar (levam o micro na casa do cliente após o conserto? A garantia é maior do que a da concorrência? Há sistema de descontos promocionais por sempre consertar ali?). Enfim, pena que o mercado de conserto de micros não evolui como a área de telefonia, que é o melhor exemplo de evolução movida pela concorrência.
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2 comentários:

Unknown disse...

Wally, esse trecho foi escrito pelo Roberto Lanari (Tixo), designer formado pela Esdi também. O Arisio apenas publicou. abraço

Wallace disse...

Valeu, Rodolfo, estou corrigindo o post; pena que o FACEBOOK não disponibiize "links diretos" para os posts da rede social, facilitaria a contextualização/refer~encia, já que ir no perfil e procurar o post é trabalho árduo...