quinta-feira, maio 05, 2011

Reflexões 2011:4


Outro dia assistí "Hancock", um blockbuster que passou no cinema há tempos, que não ví pois achei que seria um filme a la "jumper", filme para sessão da tarde, só com efeitos especiais.
Ledo engano. Além da atuação g-e-n-i-a-l de Will Smith (tão genial quanto Tom Hanks em Forest Gump ou Jim Carrey no Máscara) o filme no início tem enquadramento de "camera sempre em movimento", como se fosse um documentário, que casa com o enredo: um "super-anti-heroi" negro, bronco e meio devagar com as idéias. Um Superman às avessas.
O roteiro da comédia passa para o drama numa reviravolta sensacional, você ri, se emociona e se deslumbra com os efeitos em 3D, enfim, até quem não curte blockbuster vai gostar do filme.

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O povo reclama que no governo Dilma Rousseff os governantes aumentaram seus proprios salários em mais de 50%, mas não atentam para a lógica da situação: apenas trocou-se a prática de dar propina aos governantes para aprovar leis e outras ações públicas por um salário maior, logo, de cara.
O famoso trocar seis por meia dúzia.

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Informática tem por tradição lidar essencialmente com tecnologia. Isso explica porque, numa instituição de ensino que conheço, quando alguém dá uma sugestão para resolver um problema envolvendo pessoas (algo como: daqui por diante vamos distribuir os alunos por salas diferentes) o argumento seja sempre "não vamos fazer porque isso implica em mudar os sistemas" (leia-se computadores ou  programas de lugar).

Esse pensamento tecnicista perpetua os problemas com pessoas pois, a área de informática tende a negligenciar o "peopleware" em favor do soft/hardware ("a tecnologia é rainha"); pior ainda: esse pensamento imbute a idéia que um problema "só é problema" se ocorrer pelo menos umas dez vezes (!).
Os cursos de idiomas, por sua vez, por lidarem com pessoas (e não tecnologia) - e conhecimento associado às pessoas - faz um teste de nivelamento antes de admitir um(a) novo (a) aluno(a); oferece mais de uma mídia para que os alunos estudem, etc. Isso é foco nas pessoas (razão de ser de todo serviço/produto) e não na tecnologia (infra-estrutura) ou processos.

Como seria bom se os cursos de informática tivessem a frente coordenadores de idiomas...

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A abordagem com o problema imbute sua solução. A pergunta muitas vezes contém sua resposta.

Estou fazendo trabalho em grupo e, neste caso não há a figura do líder/coordenador/chefe (minto, até existe, mas ele não participa do processo decisõrio do trabalho, e sim dos resultados).

Por conta disso não há como retirar ou substituir do grupo os que pouco ou nada participam por estarem desmotivados/desinteressados. Ou seja, o trabalho está fadado ao fracasso, mas "abandonbar o barco antes que afunde" é uma atitude ruim, pois integrantes grupo irão se reencontrar mais adiante, em outros trabalhos.

Tomei a decisão de ir em frente, em nome de manter a boa relação interpessoal entre pessoas que convivem e no fundo se gostam, mesmo sabendo que o resultado não será dos melhores. Ou seja, para que tudo dê errado da melhor maneira (!), vou carregar o piano sozinho sem reclamar (bem, já fiz isso em outras ocasiões)...

segunda-feira, maio 02, 2011

Nota 10 e nota zero

Resolví fazer como o jornalista e blogueiro Ricardo Gama, meu vizinho neste condomínio de blogs, que faz jornalismo de denúncias, ou melhor dizendo, jornalismo de ouvidoria popular, um verdadeiro fiscal do povo e eleger o melhor e o pior do setor público.

Nota 10 para o novo site da prefeitura do RJ; visual novo, limpo, com informações fáceis de se encontrar.


Nota zero para a página de ouvidoria, que obriga ao internauta a entrar em contato via telefone para poder fazer determinadas reclamações. Pior ainda: para falar sobre um mesmo assunto (retornar a falta de providências sobre uma reclamação anterior) você tem de ter o número do protocolo de sua reclamação.
Entendí: o prefeito quer automatizar o sistema de comunicação, reduzindo o pessoal envolvido, e centralizando so canais de contato. Só que isso significa ignorar que, no caso do contato telefônico o cidadão pode (a)  morar em locais distantes ou pouco nobres da cidade, com poucos orelhões funcionando (b) ter acesso a telefone apenas para receber ligações. Melhor seria disponibilizar mais de um canal de contato, para que a população possa valer seus direitos de cidadãos. Por que a prefeitura não cria um Twitter, comunidade no facebook, endereço para contato via carta, sistema de torpedos grátis...



Bola fora para o prefeito...

Nota 10 para o software Google Chrome, que além de se veloz, e ter buscas integradas ao Google, possui interface ampla que foi adotada pela maioria dos navegadores do mercado. Ele ainda reinicia downloads interrompidos (pausados) pelo usuário.



Nota Zero na interface do painel de downloads do Chrome, onde, sobre o botão de acesso, aparece o menu de opções fazendo você clcar em"cancelar" o download, inavertidamente.