terça-feira, junho 29, 2021

Memórias de um cuidador de idosos (2)

Imagem: Freepik/PCH.Vector

 

Queria registrar mais algumas ideias e observações sobre a arte de cuidar de idosos:

  • Fragilidade: Ser idoso é voltar a ser criança, ainda mais se for aposentado; procurar ver no idoso um espelho de si mesmo, no passado e no futuro.
  • Aprender a lidar com manias como:
    - negar, discordar ou não aceitar tudo o que lhes é dito (essa atitude é um espelho dos "nãos" que somos obrigados a dar para os idosos)
    - impaciência (igual a das crianças, até porque o tempo de vida no caso do idoso é menor)
    - ver a realidade de modo distorcido (do mesmo modo que a visão do idoso enfraquece, a percepção do mundo também piora)

quinta-feira, outubro 29, 2020

Memórias de um cuidador de idosos

Imagem: Freepik.com

Fiquei na dúvida se postava esste texto aqui ou no meu blog de estilo de vida e saúde, o Vida BBB.

Se este post virar uma série provavelmente será no VidaBBB, no blog ou página do Vida BBB na rede social Facebook. No momento segue por aqui.

Nos últimos anos vivi - e estou vivendo - a experiência de cuidar de idosos, no caso, meus pais.

Acho até que esse assunto deveria ser matéria de currículo escolar, dentro do assunto HUMANIDADES: relações interpessoais no trabalho, escola, família e vizinhos/comunidade; cuidado com idosos e crianças; etc pois envolve assuntos que todos nós passaremos um dia.

Mas quero deixar aqui meu registro, através de um texto que achei na internet:

A TIJELA DE MADEIRA

“ Um senhor de idade foi morar com seu filho, sua nora e o netinho de quatro anos de idade.

As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes.

A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa.

O filho e a nora irritaram-se com a bagunça.

“Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai”, disse o filho.

“Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão”.

Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha.

Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.

Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.

Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.

O menino de quatro anos de idade assistia a tudo em silêncio.

Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira.

Ele perguntou delicadamente à criança:

"O que você está fazendo?”

O menino respondeu docemente:

"Ah, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer”.

O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite opai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa. 

Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.

De uma forma positiva, aprendi que não importa o que aconteça, ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua, e o amanhã será melhor.

Aprendi que, não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais, você sentirá falta deles quando partirem.

Aprendi que a vida às vezes nos dá uma segunda chance.

Aprendi que viver não é só receber, é também dar.

Aprendi que sempre que decido algo com o coração aberto, geralmente acerto.

Aprendi que quando sinto dores, não preciso ser uma dor para outros.

Aprendi que diariamente preciso alcançar e tocar alguém. As pessoas gostam de um toque humano – segurar na mão, receber um abraço afetuoso, ou simplesmente um tapinha amigável nas costas.

Aprendi que ainda tenho muito que aprender... ”

(Autor Desconhecido) 

Esse texto, que é uma variação de vários textos ou parábolas sobre cuidado com idosos, resume bem minha experiência e atual visão de cuidar de idosos.

Um livro sobre esse assunto, Cuidador de idosos, de Elvira Elvira Pierre Lima, da Editora Senac, tem um trecho interessante de sua resenha, que publico aqui: 

"O número de pessoas que ultrapassa os 70, 80 e 90 anos só tende a crescer. Muitos bastante saudáveis e outros mais fragilizados, alguns inclusive acamados. Como, nesse processo da vida, compreender o universo da pessoa idosa e prestar assistência adequada?"

"O livro estimula o leitor a pensar no seu próprio envelhecimento, desconstruindo preconceitos em relação à velhice, discussão pertinente devido ao envelhecimento populacional crescente. de acordo com a autora, “O ser humano ainda é despreparado para reconhecer e lidar com o envelhecimento planejado. Somos formados e moldados a padrões e pela manutenção do jovem”.


Enfim, indo além da máxima "ficar velho é voltar a ser criança", entender que o idoso é um ser frágil ou fragilizado como uma criança, com birras e teimosias de um infante é fundamental para se ter, mais do que paciência, compreensão com o idoso.

E conviver com idoso é se preparar para a vehice também, pois até o cuidador tem de se cuidar, pois ele também fica cansado e doente, requerendo cuidados.

#FicaAdica


terça-feira, março 05, 2019

Profissional e mercado do futuro

Ano passado uma jornalista de revista de grande circulação me entrevistou, pra fazer uma matéria sobre "o profissional do futuro (ou século XXI)".

Figura: Freepik.com/Chanut43

Apenas recentemente encontrei a matéria e fiquei triste com o fato da jornalista, em vez de listar os dois lados da questão - "profissionais que desistem de procurar emprego e optam por trabalho independente" versus "precarização do mercado de trabalho formal" - optar por focar apenas no lado ruim da coisa (reforçando a máxima de que, "notícia boa não vende jornal" - ou revista).

Mas eu compreendo: a jornalista se encaixa no modelo de trabalhadora assalariada, não conhece ou não viveu a autonomia e se sente ameaçada com esse "novo estado de coisas" que, com certeza, não saberia lidar.

Tudo bem: cada um no seu quadrado, como dizia a música.
Nem todos tem vocação pra ser empresários, autônomos e até empregados. Conheço tanto empregados aposentados com saúde como aposentados por invalidez, decorrente de anos de "emprego seguro".

Como não acho que a vida tem apenas um lado - e no meu depoimento não me coloquei do lado ruim dessa história, apenas citei exemplos ruins mas que não foram publicados - posto aqui links que focam no tema "profissional do futuro" de forma positiva:

Digitalks.com.br

Canaltech.com.br

Administradores.com.br

Segue também link para ler a matéria no site da revista Época ou na internet. e um texto opinativo sobre esse tema.



Clínica PopMed, Duque de Caxias, RJ: Avaliação negativa

[Avaliação negativa na Clinica PopMed, Duque de Caxias, RJ]

Marquei consulta de otorrino nesta clínica, em 27.12.2018. O valor me foi informado previamente. Lá chegando, paguei a consulta e fui atendido pelo médico, que, sabendo do problema - excesso de cera no ouvido - apenas olhou o interior de meus ouvidos e me dirigiu a recepção da clínica, para pagar a consulta de novo (!).

Como não estava com a quantia dobrada, desisti de marcar outra consulta para finalizar o atendimento.

Entrei em contato com a empresa, que através de atendente se desculpou pelo "mau-entendido" (!).

Deixo aqui o alerta para quem se vir tentado a marcar consulta nesta clínica, que diz praticar "preços populares" mas na verdade engana os clientes com valores que não correspondem a realidade, apostando na necessidade ou urgência do paciente, de ser atendido.

 

terça-feira, maio 22, 2018

Memórias de um influenciador digital

Imagem: Freepik

Gostei muito quando inventaram o termo "digital influencer"/"influenciador digital".
Esse termo apenas transporta para o meio digital algo que antes já existia e tinha o nome de comunicador ou publicitário. A questão que antes da internet esse profissional ou era "assessor de imprensa" ou atuava/existia dentro de empresas para fazer valer seu talento. Agora esse mesmo profissional pode prescindir de uma empresa ao redor para existir.

Lembro que quando criança eu era muito bom de escrever cartas para jornais revistas e programas de TV. E minhas cartas ou eram lidas ou comentadas através do conteúdo da programação.
Depois, no colégio, brincava de mudar o ambiente de aula, pra quebrar a monotonia ou colocar ordem quando achava que era necessário (quando eu queria assistir a aula).

Deve ser por isso que eu assistia todos os programas de TV sobre publicidade e propaganda, pois gostava tanto do design como da comunicação embutida nas campanhas de publicidade.

Mas a coisa era intuitiva, não via essa habilidade de influenciador digital como profissão.

Prestei vestibular pra publicidade e design, cursei design pois era de grátis (universidade pública).
Depois de um bom tempo trabalhando com design e ensino, me vi sem emprego fixo e tive um guru que me ensinou a aplicar minhas habilidades em propaganda - ou divulgação digital. Foi o salto que precisava para não depender de terceiros para sobreviver no mercado de trabalho.

Como o tempo o robôs das redes sociais e buscadores de internet começaram a sinalizar que eu estava no caminho certo: Foi aí que descobri como exercitar o meu talento de influenciador digital.

Apesar de parecer contraditório, todos nós somos influenciadores em nosso meio.

Não estou falando do Efeito Borboleta, que diz que o bater de asas duma borboleta nos EUA podem dar origem a uma Tsunami no Japão, mas essa metáfora ilustra bem como as pessoas podem influenciar a comunidade a sua volta com pequenas ações, pontuais e regulares.

Todos nós somos parte de uma rede social, todos nós influenciamos os nossos pares, apenas não temos consciência disso na exata medida. Os políticos brasileiros são um exemplo clássico ótimo dessa"cegueira branca social(*)", pois não percebem o dano que causam na sociedade ao desviar dinheiro publico.

Enfim, apesar de muita gente achar que o termo "influenciador digital" é algo da moda, vale lembrar que pessoas inspiradoras ou influenciadoras, na humanidade, sempre existiram, muito antes de Cristo.

...
(*) Notas:
Aline Valek
Conjur 

segunda-feira, março 12, 2018

Dicas para ajudar a escrever textos acadêmicos

Lendo sobre os problemas de se escrever um trabalho acadêmico (TCC/ Trabalho de Conclusão de Curso; dissertação ou tese) achei alguns links que apontam algumas soluções, que compartilho aqui.


Processo de escrita, uma coleção de links sobre esse tema (textos, vídeos, etc) que vão da auto-ajuda, passando por reflexões filosóficas até dicas técnicas.  

Doze dicas pra terminar TCC, reflexões pra marinheiros de primeira viagem.   



Foto: Via carreira





sexta-feira, junho 02, 2017

World Press Photo 2017 - RJ

Ver a exposição do World Press Photo é sempre uma expêriencia forte: do terror as lágrimas é impossível sair indiferente de una exposição dessas.

Seguem algumas imagens (ainda que prejudicadas pela iluminação local) da exposição na Caixa Cultural do centro/RJ:








domingo, abril 16, 2017

Rio por ai (1) Nivea & Jorge Benjor





9.4.2017; 17h - Show gratuito na praia de Ipanena, RJ: tributo/homenagem (em vida, que isso se torne un hábito!) a Jorge Benjor, com o grupo Skank e cantora Céu.

Além da distribuição de brindes da Nivea, um bom Show.
Skank tem um repertório bem balançado e Jorge Benjor é um clássico do show pra dançar (como o saudoso Tim Maia, lembrado na música W/Brasil).

Que venham outros shows, incorporados ao calendário de eventos da cidade; e em outros bairros tambem (alô Parque Madureira).