Wallace Vianna é webdesigner
Fonte da imagem: blog Náufrago da utopia
Outro dia o jogador Neymar brincando com seu filho, pediu para ele "mostrar ao repórter como se beija a namorada". O infante fez a sua maneira o que ele sequer sabe direito como é, dada a pouca idade. Mas foi o suficiente para que os guardiões da moral e bons costumes usassem todos os argumentos possíveis para endemoniar o adulto perverso que "roubava da criança inocente seu último sopro de ingenuidade, com um discurso machista e autoritário".
Temos de dar um tempo nesse tal de "politicamente correto". Em nome dele brincadeiras de criança viraram bullying, falta de tempo para criar os filhos colocam pais e filhos frente a um psicólogo, fazer piada de qualquer minoria ou grupo social vira preconceito punível por lei.
Se as pessoas não começarem a ver que o politicamente correto tem por finalidade melhorar o convívio social, o tiro vai sair pela culatra, pois nossa sociedade vai se tornar tão rígida quanto a norte-americana, onde há uma rigidez muito grande em relação às coisas e as pessoas, sem levar em conta o fato de que somos pessoas de carne e osso e não robôs insensíveis e programados. Ou vocês acham que o fato de nos EUA serial killers/assassinos em série promoverem massacres de pessoas conhecidas em escolas e outros ambientes sociais é mera coincidência?
Vamos ver as coisas como elas são, primeiro.
Talvez a melhor maneira de saber o que é aceitável ou não em nossa cultura seja exercitar o bom-senso. A palmada ainda é vista na nossa sociedade como um recurso pedagógico aceitável? Então está correto utilizar-se dela desde que não se torne uma agressão, coisa inaceitável em nossa sociedade.
Ao meu ver, o politicamente correto como se apresenta hoje está se tornando mais uma forma da mídia vender notícia, pedagogos que nunca tiveram filhos ganharem dinheiro com consultoria familiar, psicólogos e advogados arranjarem novos clientes do que uma fórmula mágica da boa saudável convivência.
Como sempre digo e repito, as dificuldades fazem parte da vida e nos tornam pessoas melhores. Querer evitá-las em nome de uma suposta "nova civilidade" me parece algo tão improvável quanto duvidoso.
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